segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sétimo encontro



Em 20/06, vivenciamos um típico dia de nossa oficina: palestra e debate sobre intertextualidade com a convidada - professora Denyse Cantuária-; leitura e comentários sobre textos de escreviventes e até um bolinho de aniversário que o Benê trouxe no intervalo para a pré-comemoração de seu aniverssário.

Em sua palestra, Denyse optou por falar de Amor. Por meio deste tema universal, aproximou os participantes e suas poesias preferidas de grandes obras e de gandes poetas, demonstrando o quanto estamos empregnados de literatura, cotidianamente, em nosso falar.

Partindo do Cântico dos Cânticos ( quando já não se procura o ponto original e as 'fontes' deixaram de ser fixas para serem móveis, passíveis de investigação), Denyse adotou o texto bíblico (Shir -Hashirim-'poesia das poesias'-em hebraico) como ponto em relação com poesias clássicas universais e contemporâneas conhecidas pelos participantes.

"As produções humanas, embora aparentemente desconexas, encontra-se em constante inter-relação. Na verdade, constroi-se uma grande rede, como o trabalho de indivíduos e grupos, onde os fios são formados pelos bens culturais. Se se considerar toda e qualquer produção humana como texto a ser lido, reconstruído por nós, a sociedade pode ser vista como uma grande rede intertextual, em constante movimento. O espaço da cultura é, pois, intertextual.Essa ideia não imoplica harmonia como característica definidora da cultura, mesmo porque não existe um, mas vários grupos culturais dentro de uma mesma sociedade."(Paulino, Walty e Cury, 1997).

Finalmente, Denyse conclui que, a seu ver, o autor do poema provavelmente dirigiu-se ao ser amado e não à terra onde habitava. Neste caso, entramos no campo da interpretação do texto...e isto dá pano para outras muitas mangas ...

Lembrete: no próximo sábado, 27/06 , faremos uma viagem 'interliterária': num paseio pela leitura de obras de grandes poetas brasileiros, perceberemos ( ou não) possíveis diálogos traçados no tempo e no espaço. A propósito de espaços e campos, encerraremos o semestre com a leitura de um formante de Galáxias, do poeta Haroldo de Campos.

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