sábado, 13 de junho de 2009

Amor Sádico

Oh amor que enche e entope minhas veias,
Que me enche de loucura, que me enche de tristezas,
Amor bandido, marginal, amor fétido, amor carnal,
Amor platônico, amor sáfico, amor dos amores.



Oh, ser amado, onde estás que não lhe vejo, nem lhe sinto o cheiro doce de teu caralho?
Só de pensar em ti minhas entranhas efervilham,
Teu amor por mim é como o amor do Sol pela Lua,
Nunca nos tocamos, mas sabemos que nos amamos.



Ai,esse amor bandido, recriminado e pisoteado,
Já mataram tantos em nome de ti, será que serei o próximo?
Lembro-me do pupilo de 14 anos, que amou muito, mas
[não soube ser amado e foi ao Hades.
Num mundo como o nosso será tão difícil ainda os discípulos
[Platão e Safo se amarem como na sua fase áurea?



Oh amor que me rasga, me chicoteia com tuas palavras chulas,
Me queima com teu desejo incontrolável de querer sempre mais,
Ah Justine, somente tu para aguentar as tentações deste e não sucumbir,
Eu ,mero mortal, deixo-me levar pela barca de Belzebu onde quer que ele vá.



Oh, amor que tanto procuro, mas jamais encontrei, donde estás?
Será que perdi meus olhos com o tempo, ou com tamanha violência
[sofrida pelo meu povo desde o sec. XIV?
Amor que nunca teve idade, mas tem sexo, o gosto doce do sexo
Sentir tua carne adentrar em mim é dos maiores prazeres desta terra
[cheia de misérias.
Será que por amar demais, gozar demais e viver demais, preciso morrer?

Fábio Zeitim

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